quarta-feira, 13 de julho de 2011

Comido Pelo Office Boy


Marcos acordou cedo, como de hábito. Sentia o peso da perna de Clayton sobre a sua, criando o contraste entre a pele muito clara e a negritude do boy. Seu cu estava com porra ressecada, pois tinha levado pistoladas durante a noite, sem oportunidade de tomar banho depois. Sua boca também tinha um gosto estranho. Claro, tinha limpado o pau que o comia a cada vez que gozava no seu cu.

Com cuidado, ele se levanta. Coloca o short, camiseta, meia curtinha e tênis, pronto para a corrida matinal. Sentia que se preservasse seus velhos hábitos talvez a confusão de sua cabeça fosse amenizada. Quando está para girar a chave na porta, ouve aquela voz máscula atrás de si.

- Onde você pensa que vai? O tom era duro, autoritário.

Meio gaguejando com o susto, responde:

- Só vou dar uma corrida, mas já volto para fazer o café...
Sem sentir, ele já demonstrava assumir o papel que lhe cabia na relação, praticamente uma "dona de casa".

Com a cabeça levemente baixa, num sinal inconsciente de submissão, vê Clayton se aproximar. O corpo nu, pequeno, magro, veias salientes, pau meia bomba. Cara a cara com ele, o boy diz:

- Você tá pensando que vai sair rebolando esse bundão aí na rua, prá tudo que é pião de obra e motorista de táxi? Quer correr, corre na esteira.

Tentando se justificar, o empresário murmura:

- Não é nada disso... Você sabe que nunca tive nada com ninguém, peões e motoristas de táxi não olham para outros homens não...

Olhando cinicamente, o boy responde:

- Para outros homens pode ser que não. Mas para viados brancões como você, claro que olham. E chega de papo, você tá esquecendo que agora tem dono? Te dou duas opções, esteira ou cozinha, vamos logo...

Marcos resolve argumentar. Não pode deixar que a situação continue assim, a bola de neve só irá aumentando. Com muito jeito, de cabeça baixa, começa a falar:

- Olha... Eu não entendo ainda muito bem o que está acontecendo... Mas as coisas não podem ser assim...
Percebendo que o boy não tem nenhuma reação violenta, cria coragem para continuar:

- Ninguém é dono de ninguém, você sabe disso...

Clayton permanece calado, como se ouvisse o raciocínio. Isso dá mais coragem ao parceiro.

- Quem sabe a gente até não segue com essa história... Mas você não pode continuar me tratando desse jeito... Sou um homem, e um homem livre...

O moleque chega mais perto e diz:
- Chega!

Tenta segurar os braços de Marcos, que tomado por súbita coragem, diante do silêncio do outro durante seu discurso, se afasta bruscamente dizendo:
- Não! Não é assim que vamos resolver mais as coisas.

Aliviado, sente-se seguro quando vê o negro recuar diante de sua firmeza. A segurança dura pouco. Sem notar como aquilo aconteceu, percebe seus pés serem desequilibrados com uma rasteira e cai no chão. No mesmo momento percebe o peso do macho sobre seu peito, mantendo-o deitado. Agitado, tenta se desvencilhar, mas as mãos negras e fortes do outro seguram seus pulsos, imobilizando-o deitado.

- Vamos começar nossa conversa de novo...

- Me solta... Marcos se debate inutilmente no chão.

Serenamente, sem movimentos bruscos, Clayton junta os punhos do empresário acima da sua cabeça, e segura com uma só mão, apertando seus pulsos. Utilizando a mão livre, o negro aplica o primeiro tapa com firmeza, arrancando um gemido do loirão, que vira o rosto.

- Então ninguém é de ninguém, não foi isso que você disse? Outro tapa estala forte, firme.

- Então você é um "homem" livre, ironiza o boy, seguindo mais um tapa firme.

Segura os cabelos fartos e claros do grandão, forçando-o a encará-lo.

- Quero ouvir tudo de novo, acho que não entendi direito... Novo tapa.

Marcos sente o chão rodar. Parece que suas vistas vão escurecer, o corpo amolece. Clayton o sacode novamente pelos cabelos.

- Fala valentão, repete tudo o que você disse, e repete devagar, para eu escutar bem...

Quase chorando, o empresário pede:

- Me solta... Por favor... Tá me machucando...

- Machucando? Como assim, um "homem" do seu tamanho sendo machucado por um "garoto"... O boy ironiza bem cada uma de suas falas.

- Então, vamos entender. Você tinha me dito que é um viado, e que a partir de hoje não vai sair de shortinho rebolando para outros machos, não foi isso? O tapa estala.

- Falou também que agora você tem um dono, um macho que te come e que você obedece... Foi isso ou ouvi errado? Outro tapa.

Frágil e indefeso, sentindo o corpo mole e o rosto queimar, Marcos não vê outra alternativa.

- É... Foi isso mesmo que eu disse... Mas por favor, me solta... Você vai acabar me machucando...

- Ah, que bom que eu entendi certo... Responde ainda irônico o macho.

Solta as mãos do loirão, que permanece inerte no chão, meio chorando em silêncio, sentindo-se humilhado como nunca foi. Com o pau já trincando de tão duro (a submissão é o maior afrodisíaco para ele) Clayton procura a boca de Marcos e começa a penetrá-la com a língua, no seu velho estilo selvagem e apaixonado de beijar. O passivo, mesmo a contragosto, percebe que não tem forças para resistir ao tesão que o amante lhe provoca, mesmo que o trate com tanto descaso e humilhação.
Instintivamente começa a gemer e as mãos macias procuram o peito forte do macho, acariciando delicadamente. O ativo não perde tempo, apenas desce o short do parceiro até o meio das pernas e já começa a penetração. A tora negra mais uma vez invade aquela grutinha rosada, abrindo as pregas e se encaixando com perfeição. As metidas como sempre são fortes e rápidas. O negro parece uma máquina sexual em cima daquele corpo grande e tão branco. Não demora muito tempo, os urros ecoam pela sala e mais uma vez o cu do empresário fica lotado da porra grossa do seu homem.

Saindo de cima de Marcos, Clayton o segura pelos cabelos e o força a se virar, ficando de quatro. A gosma escorre pelas pernas brancas e bem feitas, chegando a melar o calção. Puxando o loirão pelo cabelo, o boy o leva até a cozinha, andando de quatro pela casa.

- Seguinte, não precisa limpar meu pau agora não, que vou tomar um banho. Enquanto isso prepara aí o meu café, que tô morto de fome valeu?

Um chute na bundona branca, contrastando com o pé negro e forte, fecha a cena. O velho andar gingado e vitorioso do moleque dominador seguindo para o banheiro demonstra mais uma vez que as coisas naquela casa estavam tomando um rumo inesperado.

Conto de Augusto Treppi

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